E quando eu vi, me levantei. Sem mesmo saber como que estava levantando, levantei. Me peguei lendo Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira, Drummond, Quintana, Neruda, e ainda contos de Rubem Fonseca e outros. A ouvir Bossa Nova e João Gilberto, Tom Jobim... de tanto ler e ouvir comecei a escrever, e com a escrita cicatrizei o que estava me atormentando. Poesia após poesia, eu levava para fora o que sentia. Se fazia sentido, não sabia. Sabia que era muito bom poder brincar com palavras e dar cara para o que sentia.
Não se pode ter medo de cair. Se cair... e daí? Quem ou o que vai nos levantar e fazer tudo isto passar?
No meu caso algo que ajudou foi o Tresler, dando forma para o que eu pensava. No dia 22 de abril de 2001 era lançado o primeiro Tresler. O que mudou de lá para cá? O pinheiro que falava lá não existe mais. Foi destruído. Meu coração também já curou e já se machucou algumas vezes. Mas eu sigo forte. Sigo querendo. Pode vir! :-)
-- Daniel Wildt, 2012