domingo, 22 de abril de 2012

Eu cai... mas e daí?

Eu cai sem saber que estava caindo. Quando vi estava no chão. E a dor, que dor, não era uma qualquer. Era dor demais. Das que nunca tinha sentido. E parecia que não ia sarar.

E quando eu vi, me levantei. Sem mesmo saber como que estava levantando, levantei. Me peguei lendo Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira, Drummond, Quintana, Neruda, e ainda contos de Rubem Fonseca e outros. A ouvir Bossa NovaJoão Gilberto, Tom Jobim... de tanto ler e ouvir comecei a escrever, e com a escrita cicatrizei o que estava me atormentando. Poesia após poesia, eu levava para fora o que sentia. Se fazia sentido, não sabia. Sabia que era muito bom poder brincar com palavras e dar cara para o que sentia.

Não se pode ter medo de cair.  Se cair... e daí? Quem ou o que vai nos levantar e fazer tudo isto passar?

No meu caso algo que ajudou foi o Tresler, dando forma para o que eu pensava. No dia 22 de abril de 2001 era lançado o primeiro Tresler. O que mudou de lá para cá? O pinheiro que falava lá não existe mais. Foi destruído. Meu coração também já curou e já se machucou algumas vezes. Mas eu sigo forte. Sigo querendo. Pode vir! :-)

-- Daniel Wildt, 2012

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